Esse estudo demonstrou que o pemafibrato reduziu efetivamente os níveis de triglicerídeos em pacientes com diabetes e aumento dos níveis de triglicerídeos já em tratamento com estatinas.
No entanto, apesar da redução nos triglicéridos, o pemafibrato não apresentou uma redução significativa nos eventos cardiovasculares adversos (morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral isquêmico ou revascularização coronariana)em comparação com o placebo. Além disso, foi observado um aumento de eventos renais adversos e tromboembolismo venoso associados ao uso de pemafibrato.
Esses achados são consistentes com vários outros estudos, como STRENGTH, AIM-HIGH, FIELD e ACCORD, que também não conseguiram demonstrar benefício cardiovascular significativo com o uso de fibratos entre pacientes que já recebiam terapia com estatinas.
Conclusão: O uso de fibratos para redução do risco cardiovascular entre pacientes que recebem terapia com estatinas não pode ser recomendado mesmo que os níveis de triglicerídeos estejam elevados, a não ser que estes níveis sejam maiores do que 400mg/dL, quando aumenta o risco de pancreatite.